De perto pareciam poucos, avistados um a um, sobre cada pancada que levava no rosto. Nesse momento fui espatifado por valentões que me jogaram com força ao chão. Maldade pura injetada no tédio da televisão brasileira. Acorrentaram-me e gritaram babaquices acumuladas em adjetivos cabisbaixos. Proporcionada por uma bola que atravessou o campo errado e deu tiro de partida ao já pré-proclamado assalto fumegante da falta de motivo.
Meu uniforme ficou sujo e já não bastava humilhação, pentelharam tentando desenterrar mentiras da boca que sangrava muito. Umbigo fora do Meu não enxergas, mas percebe a necessidade de dividir a culpa, criando ponto de tolerância entre os atos hediondos, forjados por hora. Mas longe disso, caído ali. Pedi para levantar e ao menos permissão para continuar sem entusiasmo, por pura precaução.
Surgindo com eficaz daquele que se atrasa por não viver a sincronia de uma edição. Menina chegou com seus cabelos escuros para apartar. Apontando o dedo no rosto e dizendo com força que não haviam certos ali. Cortes não são soluções, gritos não afagam a carência suprida por um soco. Empurrando, apartando. Logo controlou o descontrole dali.
Encaixando peças ponte agudas, entre caixas e lembranças. Agulhas e tecido antigo. Foi só se acalmar que tudo parecia transbordar de volta ao caminho do bem. Dedicando notoriedade a simplicidade de não ter o que fazer por uma tarde. Fragrâncias espalhadas pela casa, junto dos fios que se espalharam com o tempo, desviando o foco, sugerindo novos pontos de visão. Acalmando o grito que ali devia descansar para repor.
A geladeira está vazia e encontrei problemas no vazo.
Menina dançando desconsiderou o resultado
Descalibrou os pneus e preferiu contar com a sorte
Girando curva atrás de curva
Sem interromper
Passando os canais devagar encontrei
Já era tarde ou quase final
Colaborando na reposição do contraste
Aplicado em tons de cinza
E esse novo conceito
Cortes rápidos e compreensão.
Para por fim
Não ser compreendido.
Leonardo Fonseca
Um comentário:
Perfeito? sim! *--*
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