9 de mai. de 2014

Queria ser um Astronauta.




Trilha Sonora da Manhã.



Te vi chorar depois do grito e senti forte dor no coração. Queria te segurar pela mão e gritar que seguisse em frente, sem desistir, sem ouvir, sem olhar para trás. As contas enganam, o medo engana, o mundo está tão a quem das vitrines do shopping ou das parcelas dos móveis desse salão. Sim, a imposição social engana, deixa com medo. O tempo também gera medo e desse já senti até conseguir entender que só a experiência pode curar as dores dos meus joelhos ralados e saber, que perder pode ser a maior vitória de todas.

Mistérios impedem o cálculo da derrota, tanto do esforço além da conta. Miramos só o menino que desponta, que faz gol no futebol, primeiro na corrida e tira nota azul atrás de nota azul. Sem mágica, tem o sorriso mais marcante dos corredores do colégio e por vez, te bloqueia o controle dos fatos, pois mirar ser igual não te faz melhor, gera sofrimento que tira sono na hora de abraçar o travesseiro e com giros contados, somados, percebemos à ausência da necessidade de suplicar por dias melhores analisando terceiros.

Você já é campeão, é primeiro, é sorriso, é valor é um sonho bom. É um desejo, uma fralda trocada e noites que já foram passadas em claro. É a escolha de um nome, é o balanço mensal, é o primeiro dia de aula, o primeiro sorriso e a primeira palavra. É a bronca, preocupação, evolução. É um tanto de tudo que queríamos ter sido, mas não pudemos, então depositaremos nossas fichas no seu futuro, para trazer nossos netos para almoçar no domingo, depois de nos encontrarmos nas fileiras da capela, oramos por dias tranquilos e leves, postados em cochiladas pós refeição e risadas de doer a barriga.

Quando caí percebi que precisava logo levantar e nem ouvi você gritar, as dificuldades do seu raciocínio não vão roubar a brisa leve desses dias, que empolgado sigo em frente. Olho os retrovisores para evitar banais colisões, mas miro a linha reta e só. Se olhares e perguntares, estou desencanado de tudo e se mesmo assim indagares, direi que as topadas nos móveis me fizeram ir para frente para construir sonhos gigantescos, mas do tamanho que eu e somente eu, posso enxergar nesse vasto universo.



Ei Lua, eu amo você.
Um dia nos veremos face a face
e assim direis que sempre te amei.









Coloco minhas idéias para dançar embriagado nessa endorfina.




Leonardo Fonseca

Nenhum comentário: