25 de set. de 2010

- estranha crise pessoal

Avaliações dizem que os tubos permanecem em seus devidos lugares, problemas pequenos entre os vasos, hemoglobina tirou férias e deve ingerir menos açúcar. Pensando melhor e avaliando mais uma vez. Prescrevo que o senhor se ajeite por aqui. Deite e estique bem seu corpo. Um coma seria a melhor solução. Pois ele vai parar, se já não parou. Consegue ouvir? Entre os fracos foi o primeiro a levantar a mão e acusar os seus colegas e agora finge de morto. Besta! Grande de um idiota esse menino. Repousou muito pouco esse seu jeito e agora já cresceu.

Mas o que acontece com aquele que escreve. Com a ponta dos meus dedos, o que aconteceu. Pode me dizer o que me acontece. Não. Não pode. Ninguém pode. Só pode sozinho. Disseram mas tenho mais do que certeza que sempre estão dizendo ao contrário, só pra distrair gente lerda. Eu sou lerdo. Pisco e já despercebo aquilo que tanto devia perceber. Ao contrario, não vi. Deixei de ver. Juro. Deixei.

Deixei de ver e ceguei demais. Está frio aqui e durante o mês de setembro é raro soltar um agasalho do guarda-roupa e não faz sentido algum. Nem sei também se preciso tanto procurar motivo. Procurar assunto. O papo precisa rolar sozinho e ele acontece. Nunca voltei decepcionado de nenhuma viagem, solto pelo ar. Trazendo de Uma Outra direção assunto novo. Sem querer, causado, não programado. É saudade sim, é saudade de muita coisa.

Ter calma é a chave e o remédio.


Só isso.


Leonardo Fonseca

4 comentários:

Beatriz Barros disse...

Mesmo com todo esse extremo caos impregnado em suas palavras, você me trás calmaria.
Obrigada por isso, e pelas respiraҫoes euforicamente tranquilas.

Duquetá disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Duquetá disse...

...e se o coma não lhe for suficiente,entre n'uma privada e busque,busque,busque e quem sabe o caminho para El Dourado seja afinal um puta lugar resguardado por um belo pote no fim do arco-íris.Ponto e basta.

Daiane Viana disse...

Engraçado, desde o seu fotolog fico horas lendo o que você escreve, e sempre me trouxe um conforto enorme.