19 de mai. de 2013

Luz que nunca apaga.


Hey Mãe,

Hoje pude me sentir perto do céu, sem asas pude voar e contornar o imenso infinito dos nossos corações, que já foram fardados, há tempos, por tal compreensão enganosa que diz que impossibilitaremos nossos dias de serem alegres, mas hoje, hoje eu pude voar. Descendo e subindo tão rápido quanto Capelo Gaivota, descobrindo na velocidade da luz sorrisos enormes das lágrimas que escorrem sinceras nos sentimentos mais profundos, guardados por essa rotina flamejante, seguidora de calendários no mesmo afinco do trabalhador que ordena suas contas e segue em dia, firme e lutador. Perceber o pulso em apertos de mão e abraços familiares, da saudade das conversas na porta do quarto e até dos momentos que imaginei juntos, mas os tento ilustrar de outra maneira, sem deixar que energia abaixe ou torne monotonia. Pois hoje eu pude voar.

Pois é, chegamos até aqui e já teremos que partir, designaram nova missão e precisamos espalhar sonhos por todas as partes. Ensinar a liberdade e ilustrar real felicidade, superficialmente explicada nas teorias filosóficas de quem passou mais tempo sentado vendo os dias passarem pela janela. Na locomotiva dos sentimentos aflitos que necessitam calma, só queria mesmo te contar, felicidade maior pode até haver, mas amar a gente aprende servindo e complementar o Verbo nos faz compreender pequena parcela do invisível e essencial, mas que já me garante riso por parte grande dessa tarde, de um dia especial, de uma fase especial, dessa linda vida que segue.

Deixo as saudades.

Leo Fonseca

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