Hey Mãe,
Hoje pude me sentir perto do céu, sem asas
pude voar e contornar o imenso infinito dos nossos corações, que já foram
fardados, há tempos, por tal compreensão enganosa que diz que
impossibilitaremos nossos dias de serem alegres, mas hoje, hoje eu pude voar.
Descendo e subindo tão rápido quanto Capelo Gaivota, descobrindo na velocidade
da luz sorrisos enormes das lágrimas que escorrem sinceras nos sentimentos mais
profundos, guardados por essa rotina flamejante, seguidora de calendários no
mesmo afinco do trabalhador que ordena suas contas e segue em dia, firme e
lutador. Perceber o pulso em apertos de mão e abraços familiares, da saudade
das conversas na porta do quarto e até dos momentos que imaginei juntos, mas os
tento ilustrar de outra maneira, sem deixar que energia abaixe ou torne
monotonia. Pois hoje eu pude voar.
Pois é, chegamos até aqui e já teremos que
partir, designaram nova missão e precisamos espalhar sonhos por todas as
partes. Ensinar a liberdade e ilustrar real felicidade, superficialmente
explicada nas teorias filosóficas de quem passou mais tempo sentado vendo os
dias passarem pela janela. Na locomotiva dos sentimentos aflitos que necessitam
calma, só queria mesmo te contar, felicidade maior pode até haver, mas amar a
gente aprende servindo e complementar o Verbo nos faz compreender pequena
parcela do invisível e essencial, mas que já me garante riso por parte grande
dessa tarde, de um dia especial, de uma fase especial, dessa linda vida que
segue.
Deixo as saudades.
Leo Fonseca
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