E foi-se, junto da quebra das ondas do mar, beirando
a saudade ou distintos sentimentos desequilibrados que ao conhecer seus
consertos, desistiram e optaram pela eterna manutenção do coração, que
hospedado, cansou-se de desconectar-se ou por vez, experimentar o sombrio passo
da novidade. Dessa nova fase, muito parecida com tantas outras, que chamamos
assim só para distinguir melhor ao passar os álbuns de fotos. Retratados em
sorrisos montados, poses e arquétipos, mas sim, sou levemente triste ou mutuo
nessa locomotiva sentimental que a vida me concede e como posso te explicar sem
usar a pedagogia? Que meu coração bate por vezes ao contrario pela manhã e a
tarde prefere se esconder a ter que conviver com toda insanidade desse mundo
pago?
E por essas que prefiro as rimas,
inadequadas, adaptadas ou somadas aos pontos nulos dos encontros universais,
construídas com delicadeza como conversas artesanais. Explorando uma virgula
para ser menos sisudo, menos robusto no meu andar e ao soletrar meus
sentimentos, prefiro agregar somente aqueles que definitivamente vieram para
nos alegrar, assim que esqueço a parte cinza dos sorrisos não ocorridos e
sincronizo-me com a Terra e a todos os meus amigos que aqui vieram, para ver de
cima o eterno e confuso passar dos nossos tempos, nós que aos olhos mareados,
deixamos nossos pensamentos mais lentos, para adaptar melhor aos giros
contagiantes, que faz criança crescer, viver e por tristeza, esquecer como é
empolgante a simplicidade, poucas moedas no bolso e nenhum fardo comovente, pois chorar está fora de moda, está mais caído do que falar de Copa do Mundo,
desse Planeta Terra poluído de más intenções.
A vida vem sem bula, sem manual de
instruções ou guia prático assinalado com fontes em negrito. É o errar e
aprender absolutamente colocado em pauta a cada segundo, mas falamos muito
sobre o tempo, sobre o dinheiro e sobre fortunas infinitas que nem são tão
legais assim. Outro dia vi o mar, lembrei-me de quão grande podem ser um sonho, dessas paredes reprimidas que escondem nossas metas e nossos
objetivos, no circular contar das cifras que entram em débito automático e não
quero parecer confuso ou girar demais. Esse papel deixo para outros personagens
dessa roda, pois sei pouco sobre o assunto. A vida levei brincando e se me ver
dizendo o contrario, pode ter certeza que estarei mentindo.
Resolvemos aprender mil
línguas diferentes, mas não aprende a respirar, a posicionar a sola do pé corretamente no
chão e desgastar menos os joelhos. Giros circulares, ponderar por palavras que
soam aos ouvidos, reflexionar no caminho de ida e volta, mesmo que ao som do
que te faz bem, mas será que vamos ter que viver sete vidas como os gatos para
compreender a nossa função aqui? Sei lá! Mas tenho plena certeza que o que faz
um pouco de mal, ainda faz mal e na inocência da compreensão, continuo
acreditando que colocar em risco nossos sonhos, é uma besteira sem tamanho.
Crescemos e não aprendemos, mesmo que por vezes repetidas.
Fecho os meus olhos para enxergar melhor,
meu coração é absoluto em seu aprendizado, mesmo estando errado, guia-me até respostas necessárias para conclusões futuras e só assim, mas realmente, só
assim, posso sentir-me mais próximo do caminho que sempre me alerta de
estar e só nele acreditar.
Leo.
2 comentários:
<3
Já estava sentindo falta de seus textos. Não suma!
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