22 de nov. de 2010

#VINTEDOIS - Pastel-rizado

Soa na canção que começa no Dó. Sustenido caído, calango do mato que veio e sumiu. Perdeu todas as bênçãos e ficou só. Sem mais, procurou por tudo, mas nessas bancas o que nos falta é a paz. Amando a implorar, por adorar e não admitir. Pecar e cair, sem amar só para explorar a terapia de estar aqui. Arrepia pensar, lembro muito pouco, soa baixo como a voz de um menino que de tanto gritar, ficou rouco. Iludido, chorou pela mesma menina durante o verão inteiro, de tanto regar, logo ali um sorriso brotou. Encontrou solução, perdido no perdão, daquele que pede por pedir, tenta não mentir, desabotoa o botão e rema junto à solidão. Dando a volta pelo parque, estipulando pequenos saltos como razão, mas sem por que, para. Deságua mais uma vez em uma tempestade solada. Desencana e deslancha perdido, voa como Peter Pan ao fim da prancha, se perceber que igualdade soa por horas como um simples clichê. Desperceba.

Assentando pingos lineares, de pares e impares. Traz o que lá atrás, o vento empurrou por folhas repetidas do calendário. Similares ao mês de outubro. Dia Santo e Eleição, TVs ligadas, comerciais gravados e muita repetição. Nomes e apelidos, todos grandes desconhecidos. Pobres náuseas, amargurando estomago vazio, da fome alimentada com o fundo de uma panela mal amada. Salgou demais e agora por hora necessita quatro centras gotas seguidas de um mesmo procedimento. Em fuga enquanto procuro um novo investimento e aqui meu pai não aluga. Adaptação nem sempre é verdadeira, pasmando na possível instabilidade que me segue. Corriqueira instabilidade. Na tal idade que tudo começa e perversa, menina não pede por esperar. De jeito maneira, já disse. Não é corriqueira.

Dias que esquentam. Chapas apostas sobre todas as mesas de padarias. Atirando sanduíches, atirando porcarias, mas o que eu queria mesmo?

...

Era trocar. Roncar até tarde em outro período, sem me preocupar. Se rima ou não. Se está encaixado ou se é só blefe, ou aniquilação do pensamento verdadeiro. Ali imposto. Pela necessidade de impor ao próprio pensamento como ele deve compor. Coitado, trancariam meu último raciocínio importante com um cadeado. Elegeram a pessoa errada. Promoveram por antecipação, alguém sem estudo e fora de condição. Agora fala que é bem feito. Só porque, você, nunca soube fazer direito.




Leo Fonseca














































Um comentário:

Papo de Garota disse...

Parece que tem um turbilhão na sua mente que faz a nossa parecer um turbilhão também. Amei essa viagem.