2 de out. de 2010

clichê.

é Clichê. E que se foda-se.


Amanhã tenho que acordar por volta de dez horas da manhã. Cedo para um domingo. Nego acorda cedo todos os dias da semana e na promoção do salgadinho ganha à possibilidade de esticar menos o sono no domingo?! Domingo, irmão, no domingo mesmo! Pra que?! Infelizmente prefiro nem falar sobre isso porque eu sinto muita vergonha. É carnaval meu filho! Aqui é o país do carnaval em todas as condições possíveis, com respeito na altura do joelho e olhe lá! Tem cara que olha na sua cara, da risada e te chama palhaço. E você vai fazer o que? Rir né?! Quem é você nessa minoria pra dizer que pode pensar. Ter opinião e sei lá. Me dá raiva só de pensar. Não sei onde coloquei meu Título. Nem ganhei campeonato e olha só, tenho um título. O direito do cidadão de provar que está vivo. Pronto! Só pra isso que serve. E não é?! Você vai lá, aperta meia dúzia de botão, assina um papel e sai fora. Domingo no final da tarde, aquele monte de papel na rua. Uma vergonha o tanto de papel que se gasta. O tanto de tempo que se perde. Não quero isso pra minha vida de jeito algum. Me cansa  a coluna só de pensar. Fico com preguiça!


Do Brasil eu tiro férias, sabe por quê?! Dá preguiça! Me dá muita preguiça evoluir na terra do samba. Onde todo mundo leva na brincadeira! Queria gostar tanto do país que amo tanto. Tenho carinho quando lembro que sou brasileiro. Com meu passado japonês e com um pouco de tudo que meu pai deu de presente. No sangue. Ali rolando, espalhando pelo corpo um pouco de tudo. É a mistura verdadeira. Verdadeiro brasileiro. Índio. Tudo! Mas eu queria morar em Marte oito semanas pelo menos. Numa rede esticada perto de algum mar vermelho que deve ter por lá. Se São Jorge me visitar, faço um café mineiro, bem ralinho. Bem de leve e levo o dragão de mansinho. Pra não gastar também. De leve! Bem mais confortável que aqui.

O barbudo se vestiu de mulher e o resto é fantoche. De verde, de vermelho, amarelo. Azul e com um Tucano?! É tão démodé, não é?! Na rua de casa passou um carro de som, cantando uma música muito ruim, mal cantada demais. Falta de respeito, eu digo! Estamos no final do ano de dois mil e dez, letra atrás de letra, só pra destacar. Perto do futuro que seus pais quase não acreditaram. De dois mil não passaria e passou. Agora chegou a minha vez pela primeira vez. Redundante como a vida de todo mundo que já passou por isso. É estranho demais entender o lugar onde você vive e se enquadrar nas leis dos outros.

Acordo de mal humor, acordo torto, acordo bem, acordo hiperativo e dou cambalhota. Acordo do jeito que eu quiser acordar. O mundo é meu e eu que sou obrigado a ser eu. Não queria um palhaço, nem ex-lutador, jogador, cantor. É tão triste. Não queria rimar a minha história com uma realidade que não fica bem no quadro. Sabe?! A diferença do que eu quero é muito diferente dessa chatice que todo mundo compra pela televisão. É chato, é igual e todo mundo bate palma, cara. As pessoas se divertem com tão pouco. Bebedeira. Caído e isso é diversão para aquele que a auto estima ficou quando era criança, bem pequeno e todo mundo te achava lindo. Bebê com cara de joelho igual a todo mundo e depois virou um bicho muito feio. Espinhas, pele oleosa. Deixa isso pra lá.

Espero que acorde antes das cinco horas e lembre-se de ir votar. Responder pelo papel social de Leonardo Tatsuo Arima da Fonseca. Que se foda tudo isso. Desculpa a falta de educação, mas de onde venho, todos falam coisas parecidas. São violentos às vezes, falam de um jeito que muita gente não está acostumada a ouvir. Mas continuo pouco me fodendo com essa opinião. Não queria votar.

Leva essa porra pra Frente Meu Deus. Me dá orgulho do lugar! Me deixa feliz em estampar essa bandeira maravilhosa. Verde Amarela. Tanta Cor, Tanta vida. Take it easy my Brother Charles. Meu irmão de Cor, fica um pouco mais e bate um papo. Conta sua história e fala para esse povo que não custa pensar. Decidir coisas boas. Que levem para uma sociedade mais amiga. Conhecidos por todos os cantos, menos estressados, menos cansados da realidade. É tão bom viver, o que custa levar mais a sério e descansar pra valorizar o esforço. O suor.

É só pensar brother.


Faz direito essa porra.
Nem PT, PV, PS-dê-foda-se.



Mao Tse Tung.



.salve