19 de nov. de 2012

Para o meu amigo monstrinho

Estranho ruído vindo debaixo da cama
Deixei de acreditar em Monstros
Mas havia algo embaixo da cama
Afastei-me daquele mundo para ter novos encontros
Devidamente acompanhado de quem só reclama

E não acredita em monstros
Muito menos que possam viver embaixo da cama

Dão risada tomando bebida ardente
Nem entende a piada, mas já mostram os dentes
Chama de amigo, mas nunca emprestou pijama
e pouco acredita, que existam monstros em baixo da cama

Comentam trabalho institucional
Tarifas bancárias e decréscimo cambial
mas nunca se perdeu no milharal
mesmo que fosse em sonho, onde voar não espanta

Levanta, adianta, mas esqueceu-se
como encanta

Pois, não acredita que tenhas monstros embaixo da cama

Pobre criança que se limitou
pagou suas contas e já se cansou
se acha velho,
mas nunca subiu em um palco e cantou!

Nem sorriu, nem pulou
Escorregou e descansou
levantou e partiu
para só mais tarde voltar

Até tirou notas boas, mas nem se arriscou
guardou coração no bolso e arrancou
de si mesmo o sorriso de quem já acreditou

Que um dia seu melhor amigo era invisível
Tinha nome e endereço
Visitava-lhe em seus sonhos

Batia o pé e sacolejava
pois nem duvidava 

No mundo onde vivem monstros embaixo da cama