30 de nov. de 2014

Pensamento Randômico e sem Correção.

das estrelas refletidas no visor que denunciavam o estado físico do mundo que o rodeava. Apertou-se a respirar moderadamente, controlando ansiedade para que o coração e a razão pudessem trabalhar em parceria comumente proveitosa. Poucos são os que conhecem a sensação de estar com o coração a bater mais forte por causa de emoção. Diferente da fila de espera! Ligam-se as baterias e capacitores de nossas almas e como teclas de piano, absorvemos notas intercaladas em graves e agudas, pronto. A equação logo fará sentido. Pois ao abandonar em solo todas as novidades e embarcar rumo fotografias novas espalhadas na memória, esqueceu-se que coração não esquece. Parecido com a senhora que guardou rancor para vida inteira, pois viu seu marido se perder em programas de domingo e logo mudar de nome, do desconhecido que adorna a sala de estar com todo seu mau jeito de viver a vida.

Realmente prefiro admirar as estrelas e indagar menos os pontos de vistas adquiridos até aqui, encaixando alguns em círculos constantes e que se faça continuo o ciclo gradativo. Que ao acordar com a vista de Marte na manhã de quarta-feira, anotando vermelho em meu bloco de notas e readaptando antigos conceitos, pois o que as crianças aprenderiam na escola daqui pra frente? Diriam a elas que o universo não é perfeito? Daqui pra frente tudo mudará em você e provável que seus cabelos fiquem mais no chão do banheiro do que em sua cabeça. Melhor não! Eu ralava tanto meu joelho que minha mãe precisou costurar uma joelheira, se bem que foi de grande orgulho, estar preparado sempre para as batalhas, mas foi daí que aprendi. Que se a gente formatar demais as linhas se apagam, e inclusive, apoiando no assunto base; os nossos corações não foram feitos para formatação!

Prefiro voltar aos desenhos, mesmo que não seja a melhor das aproximações, mas ao estar absorvido pelas estrelas, relembrar-me do conjunto perfeito que seus olhos formam com sua boca enquanto fala, que me faz passar pela lua, sair da órbita e me perder nas nebulosas mais lindas que minha memória conseguiu tatuar, pois não me importo quão perto estarei, aqui dentro já está! Vai comigo até lá em cima e admira o contagio dos olhares indecisos, com medo de abrir sorriso e dizer o que prefere guardar para si, mas só ali, acredita-se que não estamos falando de compotas com frutas cristalizadas, que conseguem ficar guardadas para sempre em um pote. Tem sorriso que transborda, sabia? Sem querer e ele transborda, o pulso acelera a boca fica seca e eu fico perdidamente sem foco, igual ali, observando as estrelas do início do enredo, ofuscavam todos pensamentos que vinham na fila e colocavam cada detalhe teu para substituir até o mais chatos de todos os ralados do meu joelho.

Mas você que veio me visitar em sonhos perdidos da madrugada e me fez acordar em Júpiter sorrindo, da conjunção de palavras que soaram ao meu ouvido e afixaram-se como estágio permanente de sensações exponenciais, ou simplificando, pensar demais em você o tempo inteiro.

Daqui, encerro essa sessão.
Câmbio final.


22 de nov. de 2014

Post Final.

Das poucas iniciativas que vos sobraram, destronado aos falecidos pensamentos que atribuo ao dias somados nessa temporada ramificada desde o último janeiro. Sem metáforas, gostaria de aqui me despedir. Sem parecer estranho, pois toda vez que avalio possível movimento nas artérias dos cérebros que passam por essas linhas agora, me sinto retrogrado ao ego e sigo a certeza que estou só nesse quarto, sentado de frente ao meu computador, conseguindo através de pensamentos formatados nas idas e vindas do trabalho, estabelecer um novo bloco de idéias transformadas em palavras. E se mesmo assim, você se encontrar por aqui, gostaria de dizer em especial que também vou sentir saudades, mesmo tendo dificuldades, mas vivemos tantas coisas juntos e a dor do seu rosto ficando para trás, quando concentra, ela tortura. Mas nos encontraremos por aí.

Tenho o hábito de freqüentar pensamentos que argumentam o giro condicionado do nosso tempo e da maneira desenfreada do estabelecimento periódico de manias, construindo o espectro da sua identidade por determinada etapa e assim mistificando o teu universo momentâneo. No duro, criando esse que reflete no espelho do teu quarto e o reflexo disso na sua vida física, no mundo. A maneira que se porta e reage as diversas situações que nos decorrem na caminhada dos dias. Gostaria de usurpar do clichê dizendo que aproveitei todos esses anos que passaram “pescando estrelas e colhendo sonhos”, mas ralar o joelho nos parece muito menos doce do que o real. Analisando ao cinza que corresponde esse que adereça o próprio pensamento, mas pulando notas que poderiam nos guiar para contornos tristes, assumo por vezes, cada giro me trouxe diversos argumentos e procedências inéditas para ações que também aconteciam pela primeira vez e isso não foi-me ruim, pois independente da resposta, o desfecho requer sempre positivismo.

Hoje sentei numa praça para conversar e automaticamente nebulosas acompanhadas de ilustrações mentais tornaram lúdica a minha conversa. Trazendo para beira da piscina o “degrau por degrau” que a vida construiu e sou feliz por parte dele eu ter tido a paciência de anotar por aqui durante todos esses anos. Nesses que assisti a derrota, pessoas foram embora, outras chegaram também. Lugares, sonhos novos virando velhos e velhos ganhando novas formas. Se estar bem é conseguir dormir, estou muito bem. Dirigi sorrindo a tarde inteira, formando rimas com os acontecimentos, sentimentos e razão de ter essa vida de leve emoção diária, de pouco em pouco para a dose nunca ultrapassar o suficiênte para o bem estar.

Sendo assim, pois sempre acho legal iniciar a despedida de maneira a fazer brilhar os olhos de quem lê, esteve junto até aqui, caminhando e dividindo fone de ouvido para acompanhar melhor o que os olhos estão trazendo de presente para o coração. Estarei bem, mandarei cartas e procuro melhorar em tantos aspectos que aparecerão como novos numa próxima tomada de rumo, esses que nem estão longe e para não haver divisão, focarei em manter interessante essa fase das nossas vidas.

Estarei sempre por perto.


Vinte Gramas


20 de jun. de 2014

Peter e o Tempo

A perseverança destoa-se nula ao entardecer, pois encabulados pensamentos tímidos permanecem ancorados em suas crostas, aguardando o grito mais agudo ou semelhanças medrosas que permitiriam desabrochar na primavera tardia, mas como toda sequência de tempo da vida, essa logo chegará. O cinza ecoa e ao reverberar nas paredes desse quarto me fazem pensar. Associar verões que foram-se e invernos que gelaram as canelas. Vive-se o tempo, critica-o, ama-o se lhe é conveniente e por hora bate saudade no fundo do coração, enaltecendo flashbacks mentais momentâneos, dos gritos nos vales, dos dias perfeitos, das danças no quarto grudados na meia noite, nossos rostos colados, sorrindo no giro, girando a vida.

Pois é, a vida é um sopro.

Na oportunidade mínima que tive de compreender as teorias dos giros, parei de reclamar ou de pedir que logo viesse os tais dias finais das semanas para que pudesse descansar e a sensação agregou ao meu peito como tatuagem desbotada o sossego do desamarrar dos tênis, de tirar as meias e esticar as pernas no sofá. Assim guiando sem pressa de alcançar velocidades inatingíveis reparei melhor o infinito das estrelas e dei valor ao erro, nesse respirado, controlado e contribuindo com sorriso, para amargar menos os chás diários de nossas histórias pessoais.

Logo as folhas caem e vou recuperar minhas bagagens, contar as camisas e separar por cores, assim contribuirei com organização as  novidades da estação. Estagnarei menos, pois esse verbete apagarei do vocabulário que é já escasso. No breve silêncio encarnarei as verdades necessárias e se assim for, dormirei até mais tarde e renderei só depois das seis, na velocidade da camomila e cheio de manias que criarei e se preciso, ou como for, me atrasarei por ter colocado o despertador debaixo do meu travesseiro. Dormi sobre as horas e nelas enquadrei sonhos profundos, mas que me levam sempre adiante, como pipas sobre o céu das férias de julho.

O mês brinca de acabar do jeito dele, avisa só os atentos nas folhinhas e ao perceber só depois de tempos que minhas botas estavam cobertas de barro, parei e desejei sabores doces para enaltecer esse novo canto, hospedado na sobriedade vagarosa e na loucura permitida, pois estico os dias e elaboro a nova forma de contar segundos, sem ansiedade ou dores no estomago.

O tempo permanece continuo.
...
Se tudo for, não sobra espaço pra saudade.



Leo Fonseca.

13 de mai. de 2014

Droga, não param de sair palavras da minha cabeça!

Acelerei na contramão e perdi o ponto de vista, no escuro, acertei meu coração. Detalhei tudo para seguradora, mas diante dos fatos e do levantamento da minha apólice, todos os verões passados de maneira alguma seriam reconstituídos, pois nem o maior de todos os funileiros seria capaz de refazer as histórias guardadas nos sentimentos mais profundos que ali foram destruídos. Isso por certeza me deixou desolado demais, cabisbaixo, peguei meu cobertor e deitei no sofá da sala, transitando por canais da TV durante a madrugada, me apaixonei por um tapete persa e a nova fritadeira sem óleo, que por vez pudesse vir fazer companhia, assim esqueceria todas as colisões destruidoras de sonhos, dos nomes de filhos que já cogitamos e dos passeios que insistem em ficar guardados em fotos no meu HD. A vida realmente é simples demais para termos sentimentos tão complexos, mas gostaria que seus olhos passassem por aqui e entendessem que isso faz parte de uma nova argumentação e nada mais. Amor, aqui se faz monografia sobre batidas do coração e no alto da minha tese, digo a ti, que nada faz sentido quando se está cego de amor.

Enquanto argumentava preparei a dose de camomila da noite, acalmando meus ânimos para cabeça falar menos na hora de encontrar-me com sonhos profundos. Esses se tornam raros quando a idade passa dos vinte, tal qual a consistência dos amores irrecuperáveis que montam balaustre de fronte aos móveis, para impedir que as novidades cheguem ao tecido nervoso, captando versículos da mente mais complicada desse bairro. Eis então por vias de fato, te contarei o que acontece aqui de maneira mais clara, parando com os nós que já construi.

Viver a era adulta é a rapsódia mais insensata de todas, acho eu, que nem mesmo Platão indagou sobre, pois estava ocupado a namorar outros filósofos, perdido entre prazeres que desconheço. Estranho sentir falta, mas querer estar só. Esperar, mas querer que o tempo corra. Distrair-se compenetrado, passando os olhos pelas legendas, assimilando o contexto da obra, examinando as figuras, cantando baixo as rimas e levando ao interior o necessário, esse que nem é muito. Na superficialidade troca-se os valores e admite-se estar disposto a perder seus minutos pensando nas cores que mais combinam com seus tênis novos, do que analisar a beleza dos dias.

Sim, tenho medo do tempo passar e esquecer como se ama, tal qual esse texto, perdido entre explicações inexatas e lógicas inconclusas. Equações e expressões que não encontram denominador comum. Mas incomum? Acho que não! Muitos esqueceram como se ama, mas aprenderam bem a mentir. Passam tardes no shopping escolhendo camisetas novas para eliminar depressão. Viram noite embriagados entre notas de músicas da moda, repleto de amigos que nunca andaram de meia na sua casa. Sim, tenho medo de me tornar esse ou aquele, sem expor nomes, mas refletindo em mim, os Leonardos que não quero para aquecer alma do inverno.

E aos curiosos, não é só do amor de beijos que digo, mas que entendamos o amor que devemos ter pelos passos, pelos sonhos, pelos encantos diários das novidades gritantes e do alto do gigantesco monte que habito, vejo que há muito o que amar, sem desatar nós, pro tempo proceder a favor da maré que transporta. Ao som de qualquer tom que seja leve, tomo meu último gole de chá e vou dormir.


Boa noite mundo.



Leo

12 de mai. de 2014

Intercalando mate e camomila.

Trilha sonora:
















Das partículas dessa saudade conspirada no coração bom que alterna choro e risadas contagiantes. Hoje sabe-se bem das complicações que geram tal montanha-russa de sentimentos que pingam de colo em colo, modificando as feições no decorrer da semana. Mas diante desse entendimento decidi abrir a janela assim que meus pensamentos perceberam o inicio do dia, para que fosse diferente desde então, pois eis que compreendi pequenas falhas no desenvolvimento dos meus projetos pessoais, sendo eles; respirar direito, andar sem tropeçar tanto e prestar mais atenção nos retrovisores da vida. A leve maturidade ilustra os pequeninos colapsos que tiram da reta os nossos sonhos, como as más companhias que nossas mães tentam de todo jeito pedir que nos afastemos, mas os ouvidos colegiais, complexados pelas espinhas e necessidade múltipla de socializar impedem que entendamos palavras tão simples.

Mirei meus planos maiores e olhei para Ti, para que Tu fosses minha grande ancora nesse mar revolto. Das fileiras de coletivos lotados, pessoas acumuladas para pagar o pão vendido por quilo e essas moedas que já nem valem o lanche do intervalo. O mundo anda confuso e pedem em anúncios do varejo local que não tenhas sonhos, que sua vida seja parcelada com pequenas taxas de juros a desentender que a náusea tediosa é causada por pequenos números que completam seu extrato bancário e distanciam-te das viagens ao desconhecido, mesmo que esse seja próximo ao teu lar, logo ali, nos lugares que passas e nem repara, pois cedeu teu tempo a pressa da rotina. Por isso em Ti me apoio, para que abras meus olhos e esclareça qualquer dor que meu coração venha obter nessa passagem, por que quero distancia da realidade, mesmo vivendo ela em loco.

Se sentes dores nas costas, arrume tua postura. Se é teu joelho, perceba que não toca o solo corretamente com seus pés e se as escadas parecem Alpes a milhares de quilômetros da altura do mar, elimine os hábitos que fazem que seu pulmão esteja diferente do que já foi quando criança e aguentava correr o dia inteiro sem cansar. A vida por dias parece não ir para frente e isso é normal, o mundo te faz remar contra o fluxo quase que todos os dias e por vezes, é complexo demais cansar o corpo e a mente sem reclamar, mas entender com inocência faz parte da exatidão da nossa própria revolução.

Colisões são normais, machucados são reais e com o tempo o entendimento transforma dias tristes em dias sensacionais. A leveza desenha o mundo que queremos ver e que seja assim e não diferente disso.  Aos olhos Daquele que nos conhece bem, ainda somos crianças e temos muita coisa para aprender.

Escrever pela manhã faz meu coração trabalhar com mais calma.

Sempre mantenha a calma.

Bom dia.



Leonardo

10 de mai. de 2014

Querida Mãe.

Hey Mãe.

Me sinto tão feliz em poder admitir que as coisas estão caminhando bem, que deixei de dar tanta dor de cabeça, mas por favor, perceba que escrevi esse “tanta” ali no meio da frase, pois com idade de adulto admito tanta imaturidade e eu que nem imaginava como seriam as cores desse outono. Ao me lembrar de Copas do Mundo passadas e da organização das datas que vivemos juntos. Com a nobreza de estufar o peito e dizer que o barco parou de sofrer com as tormentas, que aprendemos a nos comunicar sem os gritos e com singelo silêncio encontrar nossa paz.

Conto enumeras vezes que sonhei acordar com cheiro do seu frango espalhado pela casa, da saudade que sinto do seu tempero e de você ali no sofá, tricotando, argumentando seus pontos de vistas sobre o universo e da forma tão direta de me colocar na linha. Queria tanto as vezes poder chegar de um dia de êxito e te contar olhando nos olhos, mas sei bem que está aqui, me empurrando e me inspirando, com uma força que por hora não entendo da onde vem, como se houvesse sempre alguém ali pronto para me empurrar.

Agradeço tanto por todos os meses de gestação e por ter me esperado acordada morrendo de preocupação. Pelas vezes que precisou levantar a voz, pois meus ouvidos estavam tapados com todas essas mentiras do mundo. Deve ser tão difícil ser mãe, de perceber no reflexo dos seus filhos, erros parecidos com os seus. Obrigado por tolerar minhas utopias.

Hoje te vejo em mim, de leve em com defeitos a serem curados, seguido da minha barba serrilhada e da planilha de gastos que define os passos do adulto que tento ser, para parecer menos fora do eixo nessa multidão e por fim, obrigado por ter me ensinado a colorir e desenhar. Por ter me criado apaixonado por essas linhas complexas e mesmo que dê voltas para concluir, obrigado por ter me feito assim.

Chorei tanto pra conseguir chegar até aqui, mas hoje senti saudade, queria tanto te irritar, te cutucar, só pra te ver pedindo pra que eu parasse e que brigasse comigo só mais uma vez. Sei que é um saudosismo estranho, mas hoje sei que você mora aqui e enquanto falo aponto para o meu peito, no centro, onde vive o coração e também cada lembrança que contarei sempre para quem quiser ouvir, tudo aquilo que me ensinou e que nunca vou esquecer.


Feliz Dia das Mães.

9 de mai. de 2014

Queria ser um Astronauta.




Trilha Sonora da Manhã.



Te vi chorar depois do grito e senti forte dor no coração. Queria te segurar pela mão e gritar que seguisse em frente, sem desistir, sem ouvir, sem olhar para trás. As contas enganam, o medo engana, o mundo está tão a quem das vitrines do shopping ou das parcelas dos móveis desse salão. Sim, a imposição social engana, deixa com medo. O tempo também gera medo e desse já senti até conseguir entender que só a experiência pode curar as dores dos meus joelhos ralados e saber, que perder pode ser a maior vitória de todas.

Mistérios impedem o cálculo da derrota, tanto do esforço além da conta. Miramos só o menino que desponta, que faz gol no futebol, primeiro na corrida e tira nota azul atrás de nota azul. Sem mágica, tem o sorriso mais marcante dos corredores do colégio e por vez, te bloqueia o controle dos fatos, pois mirar ser igual não te faz melhor, gera sofrimento que tira sono na hora de abraçar o travesseiro e com giros contados, somados, percebemos à ausência da necessidade de suplicar por dias melhores analisando terceiros.

Você já é campeão, é primeiro, é sorriso, é valor é um sonho bom. É um desejo, uma fralda trocada e noites que já foram passadas em claro. É a escolha de um nome, é o balanço mensal, é o primeiro dia de aula, o primeiro sorriso e a primeira palavra. É a bronca, preocupação, evolução. É um tanto de tudo que queríamos ter sido, mas não pudemos, então depositaremos nossas fichas no seu futuro, para trazer nossos netos para almoçar no domingo, depois de nos encontrarmos nas fileiras da capela, oramos por dias tranquilos e leves, postados em cochiladas pós refeição e risadas de doer a barriga.

Quando caí percebi que precisava logo levantar e nem ouvi você gritar, as dificuldades do seu raciocínio não vão roubar a brisa leve desses dias, que empolgado sigo em frente. Olho os retrovisores para evitar banais colisões, mas miro a linha reta e só. Se olhares e perguntares, estou desencanado de tudo e se mesmo assim indagares, direi que as topadas nos móveis me fizeram ir para frente para construir sonhos gigantescos, mas do tamanho que eu e somente eu, posso enxergar nesse vasto universo.



Ei Lua, eu amo você.
Um dia nos veremos face a face
e assim direis que sempre te amei.









Coloco minhas idéias para dançar embriagado nessa endorfina.




Leonardo Fonseca

6 de mai. de 2014

Análise temporal

E foi-se, junto da quebra das ondas do mar, beirando a saudade ou distintos sentimentos desequilibrados que ao conhecer seus consertos, desistiram e optaram pela eterna manutenção do coração, que hospedado, cansou-se de desconectar-se ou por vez, experimentar o sombrio passo da novidade. Dessa nova fase, muito parecida com tantas outras, que chamamos assim só para distinguir melhor ao passar os álbuns de fotos. Retratados em sorrisos montados, poses e arquétipos, mas sim, sou levemente triste ou mutuo nessa locomotiva sentimental que a vida me concede e como posso te explicar sem usar a pedagogia? Que meu coração bate por vezes ao contrario pela manhã e a tarde prefere se esconder a ter que conviver com toda insanidade desse mundo pago?

E por essas que prefiro as rimas, inadequadas, adaptadas ou somadas aos pontos nulos dos encontros universais, construídas com delicadeza como conversas artesanais. Explorando uma virgula para ser menos sisudo, menos robusto no meu andar e ao soletrar meus sentimentos, prefiro agregar somente aqueles que definitivamente vieram para nos alegrar, assim que esqueço a parte cinza dos sorrisos não ocorridos e sincronizo-me com a Terra e a todos os meus amigos que aqui vieram, para ver de cima o eterno e confuso passar dos nossos tempos, nós que aos olhos mareados, deixamos nossos pensamentos mais lentos, para adaptar melhor aos giros contagiantes, que faz criança crescer, viver e por tristeza, esquecer como é empolgante a simplicidade, poucas moedas no bolso e nenhum fardo comovente, pois chorar está fora de moda, está mais caído do que falar de Copa do Mundo, desse Planeta Terra poluído de más intenções.

A vida vem sem bula, sem manual de instruções ou guia prático assinalado com fontes em negrito. É o errar e aprender absolutamente colocado em pauta a cada segundo, mas falamos muito sobre o tempo, sobre o dinheiro e sobre fortunas infinitas que nem são tão legais assim. Outro dia vi o mar, lembrei-me de quão grande podem ser um sonho, dessas paredes reprimidas que escondem nossas metas e nossos objetivos, no circular contar das cifras que entram em débito automático e não quero parecer confuso ou girar demais. Esse papel deixo para outros personagens dessa roda, pois sei pouco sobre o assunto. A vida levei brincando e se me ver dizendo o contrario, pode ter certeza que estarei mentindo.

Resolvemos aprender mil línguas diferentes, mas não aprende a respirar, a posicionar a sola do pé corretamente no chão e desgastar menos os joelhos. Giros circulares, ponderar por palavras que soam aos ouvidos, reflexionar no caminho de ida e volta, mesmo que ao som do que te faz bem, mas será que vamos ter que viver sete vidas como os gatos para compreender a nossa função aqui? Sei lá! Mas tenho plena certeza que o que faz um pouco de mal, ainda faz mal e na inocência da compreensão, continuo acreditando que colocar em risco nossos sonhos, é uma besteira sem tamanho. Crescemos e não aprendemos, mesmo que por vezes repetidas.

Fecho os meus olhos para enxergar melhor, meu coração é absoluto em seu aprendizado, mesmo estando errado, guia-me até respostas necessárias para conclusões futuras e só assim, mas realmente, só assim, posso sentir-me mais próximo do caminho que sempre me alerta de estar e só nele acreditar.


Leo.