das estrelas refletidas no visor que
denunciavam o estado físico do mundo que o rodeava. Apertou-se a respirar
moderadamente, controlando ansiedade para que o coração e a razão pudessem
trabalhar em parceria comumente proveitosa. Poucos são os que conhecem a
sensação de estar com o coração a bater mais forte por causa de emoção.
Diferente da fila de espera! Ligam-se as baterias e capacitores de nossas almas e
como teclas de piano, absorvemos notas intercaladas em graves e agudas, pronto.
A equação logo fará sentido. Pois ao abandonar em solo todas as novidades e
embarcar rumo fotografias novas espalhadas na memória, esqueceu-se que coração
não esquece. Parecido com a senhora que guardou rancor para vida inteira, pois
viu seu marido se perder em programas de domingo e logo mudar de nome, do
desconhecido que adorna a sala de estar com todo seu mau jeito de viver a vida.
Realmente prefiro admirar as estrelas e
indagar menos os pontos de vistas adquiridos até aqui, encaixando alguns em
círculos constantes e que se faça continuo o ciclo gradativo. Que ao acordar
com a vista de Marte na manhã de quarta-feira, anotando vermelho em meu bloco
de notas e readaptando antigos conceitos, pois o que as crianças aprenderiam na
escola daqui pra frente? Diriam a elas que o universo não é perfeito? Daqui pra
frente tudo mudará em você e provável que seus cabelos fiquem mais no chão do
banheiro do que em sua cabeça. Melhor não! Eu ralava tanto meu joelho que minha
mãe precisou costurar uma joelheira, se bem que foi de grande orgulho, estar
preparado sempre para as batalhas, mas foi daí que aprendi. Que se a gente
formatar demais as linhas se apagam, e inclusive, apoiando no assunto base; os
nossos corações não foram feitos para formatação!
Prefiro voltar aos desenhos, mesmo que não
seja a melhor das aproximações, mas ao estar absorvido pelas estrelas,
relembrar-me do conjunto perfeito que seus olhos formam com sua boca enquanto
fala, que me faz passar pela lua, sair da órbita e me perder nas nebulosas mais
lindas que minha memória conseguiu tatuar, pois não me importo quão perto
estarei, aqui dentro já está! Vai comigo até lá em cima e admira o contagio dos
olhares indecisos, com medo de abrir sorriso e dizer o que prefere guardar para
si, mas só ali, acredita-se que não estamos falando de compotas com frutas
cristalizadas, que conseguem ficar guardadas para sempre em um pote. Tem
sorriso que transborda, sabia? Sem querer e ele transborda, o pulso acelera a
boca fica seca e eu fico perdidamente sem foco, igual ali, observando as estrelas
do início do enredo, ofuscavam todos pensamentos que vinham na fila e colocavam
cada detalhe teu para substituir até o mais chatos de todos os ralados do meu
joelho.
Mas você que veio me visitar em sonhos
perdidos da madrugada e me fez acordar em Júpiter sorrindo, da conjunção de
palavras que soaram ao meu ouvido e afixaram-se como estágio permanente de
sensações exponenciais, ou simplificando, pensar demais em você o tempo
inteiro.
Daqui, encerro essa sessão.
Câmbio final.
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