Das poucas iniciativas que vos sobraram,
destronado aos falecidos pensamentos que atribuo ao dias somados nessa
temporada ramificada desde o último janeiro. Sem metáforas, gostaria de aqui me
despedir. Sem parecer estranho, pois toda vez que avalio possível movimento nas
artérias dos cérebros que passam por essas linhas agora, me sinto retrogrado ao
ego e sigo a certeza que estou só nesse quarto, sentado de frente ao meu
computador, conseguindo através de pensamentos formatados nas idas e vindas do
trabalho, estabelecer um novo bloco de idéias transformadas em palavras. E se
mesmo assim, você se encontrar por aqui, gostaria de dizer em especial que
também vou sentir saudades, mesmo tendo dificuldades, mas vivemos tantas coisas
juntos e a dor do seu rosto ficando para trás, quando concentra, ela tortura. Mas
nos encontraremos por aí.
Tenho o hábito de freqüentar pensamentos
que argumentam o giro condicionado do nosso tempo e da maneira desenfreada do
estabelecimento periódico de manias, construindo o espectro da sua identidade
por determinada etapa e assim mistificando o teu universo momentâneo. No duro,
criando esse que reflete no espelho do teu quarto e o reflexo disso na sua vida
física, no mundo. A maneira que se porta e reage as diversas situações que nos
decorrem na caminhada dos dias. Gostaria de usurpar do clichê dizendo que
aproveitei todos esses anos que passaram “pescando estrelas e colhendo sonhos”,
mas ralar o joelho nos parece muito menos doce do que o real. Analisando ao
cinza que corresponde esse que adereça o próprio pensamento, mas pulando notas
que poderiam nos guiar para contornos tristes, assumo por vezes, cada giro me
trouxe diversos argumentos e procedências inéditas para ações que também
aconteciam pela primeira vez e isso não foi-me ruim, pois independente da
resposta, o desfecho requer sempre positivismo.
Hoje sentei numa praça para conversar e
automaticamente nebulosas acompanhadas de ilustrações mentais tornaram lúdica a
minha conversa. Trazendo para beira da piscina o “degrau por degrau” que a vida
construiu e sou feliz por parte dele eu ter tido a paciência de anotar por aqui
durante todos esses anos. Nesses que assisti a derrota, pessoas foram embora,
outras chegaram também. Lugares, sonhos novos virando velhos e velhos ganhando
novas formas. Se estar bem é conseguir dormir, estou muito bem. Dirigi sorrindo
a tarde inteira, formando rimas com os acontecimentos, sentimentos e razão de
ter essa vida de leve emoção diária, de pouco em pouco para a dose nunca
ultrapassar o suficiênte para o bem estar.
Sendo assim, pois sempre acho legal iniciar
a despedida de maneira a fazer brilhar os olhos de quem lê, esteve junto até
aqui, caminhando e dividindo fone de ouvido para acompanhar melhor o que os
olhos estão trazendo de presente para o coração. Estarei bem, mandarei cartas e
procuro melhorar em tantos aspectos que aparecerão como novos numa próxima
tomada de rumo, esses que nem estão longe e para não haver divisão, focarei em
manter interessante essa fase das nossas vidas.
Estarei sempre por perto.
Vinte Gramas
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