10 de jan. de 2010

#doismiledez - Essa aspirina já não faz mais efeito como antes

Longe do estado de espírito devido, no compasso estranho dessa dança. Em Marte muito provavelmente o verão teve muito mais dias de sol do que aqui no planeta São Paulo, dessa janela alta só se vê pessoas com seus rostos amarrados, sem laços e desatando outros nós, nunca encontro a solução e saio para correr, na tentativa de ver alguém que nunca vi. Conhecer uma voz que nunca ouvi, tropeço nas suas pernas quando desejo demais e esse medo de te avistar? Hoje o sol apareceu e cobriu o dia, ficou lustroso, brilhoso e cheio de impacto. O encurtei acordando depois do almoço. Depois mesmo do horário da soneca depois da feijoada, sem alguns elementos que não como, mas coberto com muita farinha e pimenta, massa concreta composta. Acordei quando o sol já estava mais leve, porém o dia não estava menos quente. Suei mas não encontrei a resposta do que tentava adivinhar e percebi que o ano está começando. Festejei sem motivos algumas festas e explodi tudo que tinha para explodir. Fiz fumaça e desapareci como ninjas em meio ao nada. Sumindo. Mas não sumi por muito tempo e tive que voltar. A barba está ficando arisca e aparecendo em outra velocidade, uma nova que ainda não tinha programado. O rosto não é mais o mesmo, o mundo não é mais o mesmo. Esse vermelho do céu. Choverá e tudo vai acabar quando menos perceber. Não sabe construir com madeira. E prometo não pensar mais em você também, nem sei mais qual o seu nome. Mas estava tão linda.

Queria começar o ano com um amor para diferenciar as datas. Para comemorar dois feriados em uma semana só. Levo para casa e ando de mão dada. Depende um pouco, tenho medo de te mostrar que tenho medo realmente. Tenho medo de te parecer medroso. Sou garoto que está aprendendo e corrigindo ainda lentamente toda concentração de coisas erradas, mas sei que não é mulher. Tem medo também. Deixa a camisa no móvel e caminha até minha cama, encosta a porta com calma e faça silêncio. Vergonhoso seria acordar com ruídos tão nossos espalhados pela casa, ainda moro com meu pai e meu rosto fica diferente todas nas vezes que você vai embora. Com certeza ele sabe de tudo que acontece aqui dentro. Todos que já tiveram a idade, na violência de um ser que respira alto. Tudo parece subida e subiria em tudo que se apresentasse. Fico escondido e me contento em só saber teu nome, me contentaria poder te encontrar no mesmo lugar que costumávamos perceber a recíproca existência. Ganhei milhares de cores e meios de colorir a rotina que acabei gastando rápido demais. As frutas fazem parte da minha alimentação e está tudo mais leve. Caminhadas durante as manhãs e corridas mais apertadas antes do anoitecer. Sem forçar demais, pensamentos positivos. Essa gripe não tem aspirina. Estou deixando meu corpo acostumar e criar uma cura sozinho, vem do meu organismo. Na beleza dos seus cabelos claros e no brilho incrível que faz teu olhar. Tenho um pôster seu na parede esquerda do meu quarto, nele você me beija todos os dias. Com os olhos assiste o mundo. Cara de boba e a risada mais gostosa que tive a oportunidade de ouvir. Gravaria e fazia de toque no meu celular. Tive algumas conversas no meio da estrada e durante o quilometro seiscentos e quarenta, quando a música já tocava pela segunda vez, conclui em conjunto a outra pessoa, algumas coisas e a dança necessitava realmente de um passo diferente.

Aqui do alto tudo parece tão diferente, na disposição estranha dos prédios que avisto ao sul, ao sul do universo, ao sul da vontade de mudar de pensamento. Mudar de filme e apresentar ao meu calendário algumas novidades. Queria ser menos real e com essa honestidade me sentir competente. Citar objetivos e não atingir. Citar estranhezas e elas te assustarem! Estou vivendo a passagem novamente. Dos quinze aos vinte, descobri a tal da adolescência, que vira mundo adulto depois dos dezoito, mas o oxigênio continua o mesmo, algumas coisas diferentes e menos tempo para brincar, na sinceridade, a brincadeira muda de nome. Quando chega o número dois como primeira casa decimal o ar ganha alguns aromas novos, descobre-se mais perfumes diferentes. Nomes vão se espalhando por uma lista que parece sempre vazia. O tempo livre é apelidado de Ócio e a televisão não fala coisa com coisa. Festejo a burrice e bebo para me sentir próximo, enrolo um fino e durmo, vou encontrar uma solução nessa mudança na segunda casa. Errarei menos, sem prometer, sem jurar e sem colocar em algum lugar que a energia contrária possa me visitar. Sem visitas por enquanto. Vão ficar separadas as peças do museu, catalogadas e quando houver necessidade salvo em um banco de dados. Uma planilha e os nomes em ordem alfabética. Não sei quem foi alfa e muito menos sei quanto custa em Reais o tal do bética, mantenho organizado para parecer novo. Mudo a posição dos móveis e parece tudo novo. De novo, novamente e mais uma vez só. Final de semana que vem tem novidade e está por vir um pouco mais. É só esperar.



Leonardo.

Nenhum comentário: