5 de fev. de 2007

Le Petit Prince

Os dilemas são como músicas repetindo, trocam de vocais, mas a temática ainda é a mesma e realmente pouca coisa muda, só agradeço mais uma vez o fato de estar ouvindo o som da chuva lá fora e a minha cabeça que não para de pensar, nem por um segundo, não descansa um minuto se quer.

Sinto a água descendo pelo meu rosto e molhando o meu corpo, refrescando o verão e lavando todos os males que se encontram nessa Terra que pouca coisa entendo. Não sei se amanhã vou poder sair para brincar e se vou ver mais uma vez o sol nascer sem ter que me sentar, se realmente eu vou entender o aquecimento global ou se vou entender do que são formados os sorrisos verdadeiros, é tudo muito difícil de se entender, mas estou tentando fazer de conta que eu não sou daqui, estou tentando viajar de volta para o meu planeta, cuidar das minhas pequenas coisas e ter a vida que eu nunca tive, mas sonho todos os dias em ter.

Tranqüilos são os pensamento matinais, são tão lerdos que me dá vontade rir, meu braço não sabe mais onde está o rosto e eu não lembro o meu nome. Devagar começam os dias, para terminarem mais lentos ainda, ouvindo músicas calmas e aquecendo o meu coração.


Tudo vai dar certo nesse mundinho...


Leonardo

19 de jan. de 2007

Sexta Feira

a lâmina fria recorta o ar hoje pela manhã, não parece mais verão dias cinzas não tem tanta emoção assim, a não ser no cair da noite onde tudo se esconde e só me sobra poucas conversas e algumas coisas para lembrar, para que o dia de hoje não seja tão vazio quanto noites passadas, onde encostei a cabeça no travesseiro, fiz de conta que sabia, mas na verdade eu nunca entendo como são feitas as músicas que consolam a minha intediante tarde que perco mais uma vez, tentando ir aonde as minhas pernas não alcançam, mas sempre acabo com os cadarços desamarrados, perdido só com alguns trocados no bolso, sem ter com quem conversar.

não quero que ninguém interprete o que se passa pela minha cabeça, pois sinceramente a vida é um grande circo de ficções alheias, onde vivenciamos perdas e ganhos diários, mas nunca damos conta de fato de tudo aquilo que verdadeiramente nos diz respeito, até por que estamos sempre preocupados e enxergar a vida alheia ao invés de decorar as suas próprias falas.

apoiem as suas próprias vidas e cuidem dos seus próximos passos, admire as belas palavras e ouçam músicas altas.




Leonardo

16 de jan. de 2007

Eterna prisão que aperta o pescoço e esquenta o corpo


Quando se trabalha você entende qual a verdadeira graça dos dias de sol no verão, percebe-se quanto valeria a pena gastar muita energia ao ar livre, molhar os pés na beira do mar e ver os finais de tarde sentado em um canto sem Ter muito o que pensar e muito menos se preocupar. Ver o dia passando pela janela é triste demais, peço que todos os dias estejam frios para que eu não sinta essa imensa vontade, tento evitar que a minha mente esteja distante e me concentrar nas não definidas tarefas que tenho a cumprir, mas essa é uma tarefa quase impossível.


Viajo entre as nuvens e vejo o mundo dormir e acordar, atraso meu relógio e vivo dias de quarenta e oito horas, para assim dar tempo de respirar com mais calma e descansar toda a energia que eu gasto, batendo as minhas asas sobre o mar e avistando casais apaixonados na orla, lamento não viver o ar da graça que tem essas pessoas, vivendo tranqüilamente o sol que ilumina esses dias lindos.


Queria poder ver a chuva cair no final da tarde molhando a grama, que brilha em imagens quase artificiais de tão belas, obra da natureza perfeita que insiste cada vez mais em fazer dias lindos e a natureza do ser Leonardo, que está preso dentro de uma gaiola com ar condicionado que faz eu sentir um frescor falso e não o verdadeiro vento quente que eu queria estar sentindo nesse momento.


Abençoado sejam os dias de sol
E que eles me esperem até o final de semana pelo menos



Leonardo

12 de jan. de 2007

.Hoje de novo igual ao ontem novamente.

Essa semana eu aprendi a voar, não com as minhas próprias asas, mas com os olhos cansados de viver pregados no mundo visto pela janela e pelos ponteiros gastos que parecem estressados e desistiram de andar e assim vejo a vida passar, vejo mais um dia acabar, vejo o final da semana e o começo de outra que está para se copiar mais uma vez, mas nem voltei a fita dessa vez,deixei ela chegar ao seu final, mas alguém fez questão de repetir mais uma vez, ligou o replay.
As histórias estão sendo deixadas de lado e até penso no que eu vou contar futuramente, acho que vou ter que mentir ou criar emoções, estou gastando os dias da minha vida sentados atrás de uma máquina chata que não tem nada de interessante para me contar, com cafés amargos e frases repetidas, tudo é igual e me incomoda, nada muda, nem os sons nem os acentos dentro dos coletivos, sempre a mesma coisa, sempre o mesmo dia que começa atrasado e acaba revoltado em frente a televisão que mostra mais uma vez que o mundo custa a mudar um pouco, que nada saiu do lugar a não ser para aqueles que morreram nesse dia que acabou.
Algo precisa ser feito, quero afundar meus pés na areia e prestigiar o fim do dia, vendo o sol se pôr entre as montanhas ao fundo, jogando conversa fora ou cantando, mas feliz em estar vivendo aquilo que hoje desejo mais do que nunca, só quero paz e uma vida leve, não que trabalhar seja ruim, mas quero algo que vá além dessa vida chata, de tenis e calça jeans que eu levo todos os dias.

aproveitem o verão

Leonardo

8 de jan. de 2007

Pensando no que pensar.


Tento diariamente organizar meus pensamentos em estantes, ou pelo menos separá-los por cor e designição, mas cada vez mais, isso se torna complicado.A complexidade diária não tem vírgulas ou sessão na locadora, não é separado por estilo clássico ou comtemporâneo, eles são complicados mesmo e simplesmente ponto final.

As explicações não estão disponíveis para downloads ou para uma prévia leitura antes das provas diárias que vivemos, são todas uma grande surpresa, iguais aos finais de filmes inesperados, onde nada é como imaginamos e tudo se torna surpriendentemente demais aos nossos olhos e totalmente triste aos nossos corações.

As complicações existem, assim como os nós em nossos cadarços, irritantes de desfazê-los, mas totalmente necessário.


Leonardo